quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A troca

Abandonei a terapia há algumas semanas. Troquei pelo Pilates. Acho que o meu suado dinheirinho será mais bem aplicado agora a favor do corpo e da saúde. Desde então me sinto mais eu, sabe? É estranho, mas a terapia me deixava com mais pulgas atrás da orelha, mais questões que talvez não quisesse descobrir ou refletir sobre. As coisas não são sempre (quase nunca) fáceis. Mais problemas? Problemas que eu nem imaginava que tinha? Pronto, decidido: o Pilates resolverá o que é concreto, o que posso enxergar e sentir.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Anabela Gorda

Ouvindo a simples, porém didática, ‘Meus filhos, meu futuro’, canção do grande Jorge Ben, lembrei de alguns sonhos da infância. Assim como Anabela Gorda, queria ser uma dona-de-casa atuante. Sim, aquela que, diferente da pejorativa Amélia, cuida e zela do lar com todo carinho e compromisso com aquele que a hospeda. Fazia parte dos meus sonhos deixar a casa cheirosa, florida, fresca e transparente pra mim e todos aqueles que se hospedassem nela, mesmo que por horas. Fazia parte dos meus planos também não trabalhar. Sério. Não tinha aqueles sonhos "oficiais" (de ofício) relacionados à profissão ou atividade. Nunca. Queria mesmo viver tranquila, mas sem muito esforço. Pensava em ganhar uma bolada fácil, o que já me parecia difícil. A alternativa então seria casar com um homem milionário. Taí, profissão mulher de milionário. Era o que queria ser também. Pensava no teste vocacional. Como burlaria o teste para o resultado ser uma dessas duas alternativas? Não teve jeito. Hoje sou Relações Públicas. Ainda tenho chance de ser dona-de-casa atuante. Já o milionário vai ficar para próxima vida. E tomara mesmo que ela exista.

Obs: A música fala exatamente sobre a falta de perspectiva de muitos pais em relação ao futuro dos filhos. Muitos desejam para seus descendentes ‘profissões’ como jogador de futebol, mulher de milionário ou o funcionalismo público.

sábado, 1 de agosto de 2009

Citações Ilustres

Traduzem exatamente o que penso:

"Ele não parece ofensivo nem inspira medo. Tampouco tem a estética como virtude. No reino dos animais, passa quase despercebido. Mas sua figura tem um poder imensurável no relacionamento humano. Quando ele chega, já era. O bode. O bode é foda e ninguém duvida dele."

Alexandre Sinato sobre o bode, aquele que quando chega, dificilmente vai embora.

"Eu não quero ser pequeno como eu era, mas não quero ser grande como eu posso. Quero ser grande como eu quero."

Andrey Hurpia da Rocha, gênio da filosofia contemporânea.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Marketing de Relacionamento Conjugal

Olha, desde que me conheço por gente, sempre quis um amor desses de cinema. Acreditava que o verdadeiro amor deveria tornar-se público, com direito à cartas, declarações, presentes, viagens paradisíacas e tudo mais que os filmes me apresentaram. Estava errada? Não sei.

Não vou descrever minhas poucas experiências pessoais, mesmo porque não tive, até hoje, nada do que sonhei um dia, e fui feliz em todas elas. Porém, achando que poderia ter sido mais se o filme tivesse rodado.

Sabe aquela coisa de achar que a grama do vizinho é mais verde que a sua? Pois é, eu sempre achei que casais que masturbavam o amor publicamente eram mais felizes que eu. Casais que tornavam público seus sentimentos mais nobres eram mais verdadeiros. Enganada? Não sei.

De algum tempo pra cá parece que o que vale mais é a exposição da felicidade conjugal. Dá-lhe orkut, facebook, msn, twitter e sei lá mais o quê. Mas o que tá na moda é mostrar pra todo mundo o quanto você é feliz. O quanto, agora, você é mais feliz que o vizinho.

Eu entendo a ressaca do amor. Entendo que algumas pessoas depois de passarem por um período de isolamento sentimental fiquem tão excitadas com uma nova possibilidade de satisfação e plenitude amorosa, que só querem saber de gritar. É, mas gritar pra quem? Pro vizinho? Por que, agora, quem é mais feliz?

Observando alguns casais conhecidos e outros nem tanto (vale também casais de "famosos"), percebi que minha teoria sobre a felicidade conjugal não estava completamente correta. Conheço o grupo de casais exibicionistas que deram certo. E o grupo dos contidos, do qual eu faço parte, que continuam dando certo também.

Minha grama está verde pra cacete!




domingo, 26 de julho de 2009

Pensamentos sazonais

Num final de semana ocioso, sem o parceiro ao lado, pensamentos que parecem estúpidos, mas mercedores de reflexão (da sua, espero), surgem.

Comecei, é claro, pensar em MERDA (faço isso melhor que ninguém. Aliás, se quiserem me contratar pra realizar o ofício na sua empresa, meu currículo está disponível no linked in).

Um dos que acho válido postar é sobre a memória. Não entendo - mesmo - por que lembramos de coisas que aconteceram há anos, meses, dias, horas, minutos... segundos!!! Caramba, se for realmente importante, por que não anotar?! Sim, anotar numa agenda. De repente, do nada, começamos a lembrar, involuntariamente, de situações, pessoas, cheiros, músicas, sensações que nem sempre trazem prazer. Se qualquer um dos sentidos vale a lembrança, anote naquele instante para que no futuro, você leia e saiba que passou por tal situação. Faço-me compreender?

Não sou das mais "beeem loucas" do mundo, mas sou a favor do carpe diem. Então viva todos os momentos da melhor maneira possível. Não sei, mas acredito que essa é a melhor maneira de evitarmos lembranças que não são tão agradáveis.

Faça as contas, suas maiores lembranças são boas ou más? Não, não tive uma infância sofrida, traumas, ou qualquer coisa que o leve a pensar que seja amarga. Mas quem vive a vida com intensidade não tem motivo para relembrar de situações agradáveis. As pessoas que fazem isso, no me ver, são aquelas que viveram pela metade, as frustradas por não terem feito melhor.

Já tô de saco cheio de escrever aqui.

Enfim, o resumo é: Às vezes, a ausência de memória é uma benção. Na verdade, quase sempre. Não vejo a hora de chegar aos 80.